segunda-feira, 10 de março de 2014

Contos de fadas

Olá belas mães!

Outro dia assistindo ao filme João e Maria - Caçadores de bruxas, eu lembrei que eu sempre quis fazer um filme que se chamasse "Depois do felizes para sempre" porque eu sempre me perguntei o que acontecia depois, a princesa viraria rainha e o principe o rei, o rei engorda, a rainha tem filhos enfim... Era pra ser uma comedia a principio não uma coisa macabra como estão os filmes de hoje.
Fato é que eu lembro de estar com uma vizinha (criança) aqui em casa, e ela dizer que queria assistir poorque era o João e Maria e tals, e passou um conflito na minha mente, sera que eu devo, porque ela é bem madura pra idade dela, mas ao mesmo tempo, ainda é uma criança que pode ficar perturbada.
Lembrei-me então que os contos maravilhosos da Disney que sempre terminam com "[...]e viveram felizes para sempre." um dia foram contos do francês Charles Perrault (antes de serem dos irmãos Grimm), e não eram tão bonitos quanto os que vemos hoje em dia nos cinemas.
Os contos, sempre serviram para contar uma história a fim de 'alertar' as crianças, daí vem a moral da historia geralmente no final dos contos, mas em mil seiscentos e carne assada, era uma outra época, uma outra era, e embora fosse uma época de mais tabus, as crianças eram expostas a certos tipos de coisas bem piores que um beijo gay na rede globo as 9 da noite. Viviam numa época de bárbaros, numa época onde enforcamento em praça pública não era filme, onde os castigos físicos eram constantes, onde em meio de guerras e lutas por poder, se viam no meio de muita violencia, casavam-se numa idade entre 8 e 14 anos, e com isso, pode até dizer que a nossa epoca que é liberal, mas eu acho que se mudou, mudou apenas a banalidade com que o assunto é tratado, enfim...
Crianças tinham que saber que não se deve falar com estranhos, ou coisas podem acontecer com você, deveriam seguir a religião, ou punições eram feitas, e aí surgiram essas histórias que eram contadas de pai para filho, que foram reúnidas e publicadas em livro pelo Charles, as historias originalmente tinham coisas bem piores do que as de hoje, como por exemplo na historia da Chapéuzinho vermelho, originalmente Capuchinho vermelho, não tinha lenhador bomzinho que tirava a menina de dentro da barriga do lobo, e a menina não era comida apenas no sentido "bocal" da história, há quem diga que o lobo enganou a menininha (que no caso ja era uma moça) e o levou para outra casa, disfarçado de vovózinha fez a moça deitar-se com ele, e lá tiveram relações, daí que vem o famoso diálogo em que ela 'elogia' o lobo/vovózinha com aquelas perguntas: Que olho grande, que nariz grande... Outras versões também contam que o lobo faz uma sopa da avó, e dá para a menina comer, e assim que ela come, ele a devora (em todos os sentidos da palavra) por ela ter sido maldita ao ter bebido do sangue e comido da carne da sua avó.
Em histórias como a da Cinderela, que na verdade datam de até 800 anos a.C. há versões em que a menina mata a própria mãe para que a madrasta assuma a sua posição, versões em que ela faz pacto com o diabo para ir ao baile, versões em que ela nem mesmo consegue ir ao baile, morrendo dentro de um baú, e não só a cerca da gata brralheira, mas há também versões que contam que as irmãns chegaram a multilar seus pés para caber no tal sapatinho, e o final delas foi ficarem cegas (pois pombos comeram seus olhos) e pedintes. Apróposito, alguém aí sabia que o tão famoso simbolo da Cinderela - o sapatinho de cristal - na verdade era um tamanco de couro? Sim, pois ao sair da lingua francesa, a palavra  vaire (pele, couro) foi traduzida erroneamente para verre (vidro ou cristal).
Em "A bela adormecida", não foi bem um feitiço, mas uma profecia que a manteve dormindo por tantos anos, eis que um dia, ao ver a filha deitada lá, o safadinho do rei pensou: ué, por que nao? e foi lá, tirar proveito da filho que não podia gritar, se defender ou se quer sentir, e BADA BIM, BADA BUM 9 meses depois, a adormecida, deu a luz a gêmeos, ainda adormecida, e uma das crianças, com fome, começou a chupar o dedo dela achando ser o peito, e acabou por sugar algo dizem uma farpa, dizem um pedaço de linho mas enfim, que fez a moça acordar, e o bebê como ingeriu o troço, morreu. Há também quem diga que não foi o pai, que foi um principe, um principe CASADO, e que quando a princesa Talia acordou, a esposa traída ainda quis se vingar da adormecida.
Na história do"flautista encantado", ao nao receber sua recompensa, ele encanta todas as crianças da cidade e as leva, mas ele não as traz de volta como diz a histórinha bonitinha que conhecemos hoje, na verdade, dizem que ele as leva para uma caverna, e lá tem relações sexuais com elas, e depois as come, e mata as que 'sobraram' afogadas no rio.

Logo depois foram adaptadas e reescritas pelos irmãos Griim numa forma mais leve, mas mesmo assim, com menos finais felizes e para crianças. Algumas pessoas ficariam desapontadas em saber que a Ariel, nao se casa com o principe, e se torna na verdade espuma do mar.

Então, eu estou destruindo a infancia de algumas pessoas, mas pensa aí que Lewia Carol, aliás, Charles Dodgson, era apaixonado por Alice Lidell, uma garotinha de 7 anos, e por isso decidiu criar a história da menininha que se aventurava em um país das maravilhas. Esse nem tem muita coisa de obscura no próprio conto, mas de saber que o autor o fezz por estar apaixonado por uma garotinha de 7 anos, é meio.. perturbador.

Além das versões mais maléficas, os contos também estão cheios de interpretações e semanticas, como o fato de A Bela e a fera ser uma analogia ao inicio da vida sexual, que no começo pode ser amedrontador, assustador, como uma fera, mas depois que se conhece se torna agradavel e prazerosa como um lindo principe.

Sei lá, mas tem gente que fica chocado em ver os filmes que estão surgindo hoje em dia, "deturpando" contos tão lindos, e os tornando mais sombrios, o que elas diriam dos contos "originais"??

Um comentário:

  1. Nossa Sher, achei foi macabro essa história toda! Eu não havia lido sobre isso ainda...

    obrigada por partilhar! bjo

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